Recebi por e-mail uma daquelas apresentações de powerpoint. Esta, ao contrário do habitual, não foi imediatamente para o lixo (o remetente devia ser uma pessoa que eu reputo de bom gosto, suponho, não me lembro); ao invés, abri-a e vi-a.
Expunha uma ideia engraçada, que se baseava em usarmos aqueles envelopes de franquia paga que recebemos em publicidades. A ideia base é: porque haveremos de ser nós a ter de mandar para a reciclagem o lixo que nos mandam para casa? E, claro, a suportar o preço desse mesmo lixo ao pagar os serviços das empresas que o produzem?
Era então proposto que enfiássemos o máximo de publicidade dentro desses envelopes de franquia paga e o reenviássemos às empresas. Evitando, claro, enviar algo com os nossos dados pessoais. Seria a vingança do consumidor, e uma lição para as empresas.
O problema é que nestas coisas, somos todos muito comodistas. E, acima de tudo, muito cépticos. Até éramos capazes de participar em algo assim, se soubéssemos que os outros também iriam participar, e que juntos seríamos capazes de fazer a diferença. O cepticismo força-nos ao individualismo e torna-nos mais dependentes dos interesses alheios.
Ainda pensei em usar este blog como (modesto) meio para tentar divulgar a ideia que é proposta. E pedir aos outros blogs que a divulgassem também. Nenhum meio como a blogoesfera me parece tão adequado ao surgimento e alastramento de boas ideias, deste tipo. Mas num mundo em que o cepticismo é rei, valeria a pena?
Expunha uma ideia engraçada, que se baseava em usarmos aqueles envelopes de franquia paga que recebemos em publicidades. A ideia base é: porque haveremos de ser nós a ter de mandar para a reciclagem o lixo que nos mandam para casa? E, claro, a suportar o preço desse mesmo lixo ao pagar os serviços das empresas que o produzem?
Era então proposto que enfiássemos o máximo de publicidade dentro desses envelopes de franquia paga e o reenviássemos às empresas. Evitando, claro, enviar algo com os nossos dados pessoais. Seria a vingança do consumidor, e uma lição para as empresas.
O problema é que nestas coisas, somos todos muito comodistas. E, acima de tudo, muito cépticos. Até éramos capazes de participar em algo assim, se soubéssemos que os outros também iriam participar, e que juntos seríamos capazes de fazer a diferença. O cepticismo força-nos ao individualismo e torna-nos mais dependentes dos interesses alheios.
Ainda pensei em usar este blog como (modesto) meio para tentar divulgar a ideia que é proposta. E pedir aos outros blogs que a divulgassem também. Nenhum meio como a blogoesfera me parece tão adequado ao surgimento e alastramento de boas ideias, deste tipo. Mas num mundo em que o cepticismo é rei, valeria a pena?
3 comentários:
Se achasses que não valia a pena:
-Não timhas escrito o post.
-Não desperdiçavas o teu tempo a escrever um blog.
-...
Conta comigo, /Me. :)
Hoje pensei exactamente no mesmo, quando estava numa fila enorme na portagem da A5.
Pensei "Vou chegar lá à frente e vou dizer que queremos um desconto por termos estado tanto tempo à espera. Há três vias para pagamento, e só está uma aberta. Há muitas pessoas à procura de emprego que não se importariam de estar nas outras duas. Além disso, ontem à meia-noite, demorei quase uma hora a percorrer 800 metros devido a obras, no sentido inverso."
Mas depois, à medida que ia, lentamente, avançando, sorri e pensei "És mesmo ingénua. Ninguém alinharia nisso."
Por isso, conta mesmo comigo. :)
Adorei o post. Até porque já faço isso há anos. Faço mesmo
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