30.6.06

A vingança do consumidor II - POST IMPORTANTE



Legenda: I will not stand to be disparaged

Conhecem a personagem da imagem? É um dos advogados na série Ally McBeal. Tem a particularidade de ter uma "theme song": quando está num momento especial em que precisa de se sentir bem, faz "tocar" dentro da cabeça uma música e dança-a. Tem outras peculiaridades, e quando é apanhado a fazê-las, responde com um "I will not stand to be disparaged".

Quando era miúdo, queria mudar o mundo. E cedo me apercebi de que nalgumas coisas é mais possível mudar o mundo do que as pessoas pensam, noutras apenas podemos mudar o nosso pequeno mundo. O que já não é mau; afinal, se melhorarmos o mundo para duas pessoas, já é mais uma do que nós. O saldo já é positivo.

Eu não fiquei cínico, com o tempo, eu não deixei de acreditar que é possível mudar o mundo. Aprendi que se podem fazer mudanças, ainda que pequenas, com algum esforço. E que às vezes as coisas pequenas acabam por ter grandes repercussões. Não, não fiquei cínico. Fiquei é comodista. E receoso, com medo de falhar. De me expôr ao ridículo, de ser o único a tentar.

Mas nada disso conta, hoje. Hoje há uma ideia que acho que tem mérito, a que expus no post anterior. E proponho que usemos os nossos blogs para a divulgar. Proponho que cada bloguista que me leia reproduza a ideia no seu próprio espaço. E, claro, participe. Afinal, que custa? Estaremos a usar o nosso limitado poder para, com um esforço mínimo, mandar uma mensagem.

Corro o risco de cair no ridículo, se ninguém me ligar nenhuma, mas acho que vale a pena.

For Freedom!!!

uups, desculpem o final, é que nos filmes, os discursos antes das batalhas acabam sempre assim!

5 comentários:

paulo,sj disse...

Não acho nada que estejas a ser ridiculo... Também luto contra o cepticismo! De facto somos capazes de mudar muita coisa, basta acreditar nas nossas capacidades. Se vamos seguir a maré do utilitarismo/consumismo sujeitamo-nos à prisão comercial. E depois temos medo das reacções dos outros! Bolas, se percebo que o caminho ajuda ao pessoal e social, devo seguir em frente independentemente dos que os outros possam pensar. :)

Obrigado pela tua ideia!

Um Abraço e bom fim-de-semana! :)

Unknown disse...

Parece-me uma boa ideia.
Se não sofrer de uma dose de comodismo é isso mesmo que vou passar a fazer!
Bom fds

Sofia disse...

Eu fiquei muito cínica. Finjo que não acredito.
Mas cá dentro, só eu sei o que ainda acredito. :)

Anónimo disse...

Boas. O tema deste post também é algo que me interessa, já que desde muito novo tento procurar respostas para essa mesma pergunta. O que mudar no mundo? E como fazê-lo?
Sem querer correr o risco de parecer moralista, e saudando todas as opiniões alheias, gostaria de deixar aqui também as minhas opiniões. (Até porque a isso fui convidado. ;) )

A mais importante das coisas que aprendi ao longo do caminho foi que, em primeiro lugar, o mundo só muda se quiser mudar ou ser mudado. Por outras palavras, só se a mudança for necessária e aceite por todos - ou, pelo menos, pela maioria.

Exemplo: falou-se por alto na hipótese de uma língua comum ser criada para a comunidade da União Europeia. A intenção dos autores desta ideia também é a de mudar o mundo para melhor, e só por isso já é louvável. Mas sinceramente, agrada-vos a ideia de deixarem de falar a língua que já falam há décadas? Quereriam mesmo deixar de a falar, da noite para o dia, para passarem a falar uma língua qualquer inventada à pressão, mesmo que seja muito mais simples do que a nossa, que já tem séculos de história e de evolução e de contexto cultural? Que é algo que, apesar de tão difícil já nos está tão enraizado nas mentes e nos corações, até usamos automaticamente, quase instintivamente, para dizer e fazer coisas lindíssimas?
Pensem nisso.

Podia alongar-me muito com outros exemplos, mas a ideia base é que, muitas vezes, existem ideias e concepções conflituosas acerca da natureza do "mundo melhor". Toda a gente o quer! O problema é que cada pessoa define-o à sua maneira.
O que é que isto significa?
Significa que, nessa nossa demanda por um mundo melhor, ainda vamos dar muitas turras e andar muito às voltas antes de sequer definirmos o que é o mundo melhor.
E isso só vai acabar quando percebermos que não estamos sozinhos nesta luta. Que as pessoas têm coisas em comum. Interesses, ideias, preocupações, sabedoria, experiência de vida. E que nós podemos tirar muito proveito disso, em benefício último de todos.

Outra coisa que considero muito importante é que o mundo não é estático. O mundo muda, e já mudou muito desde o início. E pode, de facto, ser mudado por quem tem as ideias, os meios e a iniciativa necessários para tal. E cada um faz o que lhe está ao alcance - nem que seja, como já muito bem se disse, para apenas mais uma pessoa. De facto, já terá valido a pena.

Penso que a ideia fundamental que temos de reter é que todos nós procuramos a felicidade. E mesmo definindo-a cada um de nós à sua maneira, penso que é possível ajudarmo-nos uns aos outros quando percebermos que, de facto, há muitas coisas em comum entre as pessoas, entre todas as pessoas de todos os lugares e de todas as épocas. E se procurarmos fomentar e dar valor a essas coisas que temos em comum, aí sim, parece-me que vamos começar a dar passos realmente grandes no sentido de transformar o mundo num lugar melhor.

Formemos as nossas próprias ideias. Decidamos por nós próprios o que é que está certo e o que é que está errado, sem nos prendermos demasiado ao passado. Sejamos livres para ter ideias e para realizar os nossos sonhos e para espalharmos energias positivas e para nos ajudarmos mutuamente e para sermos felizes, cada um à sua maneira, na sua liberdade. Abdiquemos de preconceitos, estereótipos e noções que só nos fazem andar para trás. Um exemplo facílimo: o racismo e a discriminação em geral.
Apostemos antes em ideias que, de facto, ajudem ao progresso. Um exemplo de simplicidade extrema: a igualdade entre os sexos. Porque é que as mulheres não hão-de poder realizar os seus sonhos, se o querem? Têm tanto valor como os homens! (E porque é que hão-de ser sempre os homens a dar o primeiro passo? :P Aliás, isso não é extremamente limitador da liberdade delas?...)
Discriminações, ideias feitas, estereótipos, conclusões precipitadas e preconceitos só nos prendem, meus amigos. Só nos prendem.

Nós precisamos uns dos outros nas nossas vidas. E devíamos estar gratos pela oportunidade preciosa que é podermos aprender coisas uns com os outros. Eu, certamente, estou; devo muito aos meus amigos e a todas as pessoas que fazem, fizeram ou farão parte da minha vida - porque são uma parte muito importante daquilo que eu sou.

Precisamos uns dos outros. Porque não é estando sozinhos que podemos partilhar o que sabemos, e também o que valemos enquanto seres humanos. Não é sozinhos que vamos aprender grande coisa. E certamente não é uma pessoa qualquer, sozinha, interessada em mudar o seu mundo só para si, que vai ajudar as outras pessoas.

O mundo somos nós.
O mundo é nosso.
E nada nos obriga a ficarmos parados.

Anónimo disse...

eu ainda quero mudar o mundo. mas já sabes a minha opiniao em relação Às cartas :P