10.7.06

Enjoo

Ando farto de mim. Do meu egocentrismo, com laivos de narcisismo. Irra, que enjoa. Será efeito secundário de viver só? Preciso urgentemente de socializar, de ser parte de um mundo que compreenda mais do que apenas eu.

47 comentários:

Anónimo disse...

Ora, ora: Gostar de si próprio é muito positivo.

Desde que não nos tornemos egoístas, claro está.

E é perfeitamente compatível com a socialização, com o fazer parte de um mundo que não compreenda só nós próprios.

Não vejo relação obrigatória entre as duas coisas ...

Pessoalmente, socializo com facilidade e alegria, fazendo parte de vários "mundos" em que não sou só eu próprio - e gosto desalmadamente de mim próprio ( gosto mesmo muito! ).

O que não me impede de reconhecer que até eu tenho defeitos ... mas pequeninos ... muito pequeninos.

Beijinhos,
Zé.

Joao disse...

Sentes-te só? Precisas de socializar? Nem saias de casa, usa o telemóvel, olhos nos olhos... (ah, os 3G.)

(eu ando um pouco publicitário, não ligues)

maria disse...

Ó rapaz,
não vale a pena ficares enjoado, porque esse é um convívio a que não podes fugir. :)

Mas se ficares mesmo muito, muito enjoado, manda-te a ti próprio "dar uma volta". (Estou a fazer uma cura de palavrões. Por isso, o tom soft)

beijos

teresa.com disse...

ora, um bom começo ésaber-se o que se quer... estas no bom caminho!

Anónimo disse...

Se isso é efeito secundário ou não de viver só, não sei. Mas isso que sentes pode, sim, trazer efeitos secundários. Quem não te trouxe alguns, já? Ou não...

De qualquer forma, avalia tudo isso e tenta sentir que, mesmo tu sentindo que estás "enjoado de ti próprio", também faz parte de ti.

Não negues nunca o que sentes de ti, por ti, para ti. Sente.

O.

Aequillibrium disse...

LOL

Isso passa. Tudo passa. De vez en qunado até sabe bem! ;)

desenho. disse...

bem, a vdd é q o nick ñ ajuda :P ( /me ) mas se as pessoas ñ se queixam (ignorando aquelas q se queixam mas cuja a opinião é sempre mt suspeita/subjectiva) então és capaz de ñ estares a ser egocêntrico mas sim paranóico. em todo o caso aconselha-se alguma actividade p entreter essa cabecinha :) (desde q acabaste o básico já experimentaste pintar que não no paint? :P try it ) regards.

Anónimo disse...

É provavel que seja.. mas de certo que nao estas so.. centra-te mais na companhia nao de corpo mas de mente..

abraço de Angel**

Planeta a cores disse...

Aparece rapaz.

poca disse...

abre a porta... sai à rua... encontrarás sempre alguém!

Anónimo disse...

ENJOO É MEU!

José Avlis disse...

O narciso é um dos traços caracteristicos do homossexuais.

António Maria

/me disse...

???

Já a capacidade de fazer generalizações abusivas não pode ser reclamada como exclusivo de nenhum "grupo" determinado por uma qualquer característica.

maria disse...

/me,

meu querido, um grande ramo de narcisos, camélias, rosas, túlipas, ervilhas-de-cheiro...e um pau de marmeleiro para espantares os "puros".

E junto abraços e beijos, para ti :)

/me disse...

Obrigado. :D *sorriso de orelha a orelha*

Anónimo disse...

Vou a caminho!

José Avlis disse...

Eu li em manuais de psicologia que o narcisismo era mais acentuado nos homossexuais.
O narcisismo, terem tido mães dominadoras e pais ausentes ou mesmo inexistentes são alguns dos traços que caracterizam os homossexuais.
Mas desculpem, não sabia que agora os homessexuais eram intocaveis acima de qualquer analise critica e estudo cientifico.
MC, tenha juizo. Incentivo à violencia é crime.

António Maria

/me disse...

Nova Evangelização, conheço homossexuais órfãos de mães e com ligações afectivas muito fortes com os pais.

Para além disso, acho que uma larguíssima fatia da população do mundo tem mãe dominadora e pai ausente...

Estou-me a arrogar a saber mais do que esse manual de psicologia? Poderá ser do meu narcisimo. :) Mas parece-me que se poderão encontrar outros tantos manuais de psicologia que contradirão esse.

Tu fizeste claramente uma generalização abusiva. E repara, não se trata de não poderes criticar: claro que podes. Aliás, deves, num espírito de caridade (esse é que te parece ter escapado...).

Chamar ao livro que leste um estudo científico parece-me muito discutível. Mas pronto, não vamos discutir o que é ou não ciência. E muito menos vamos elevar a ciência ao nível de um dogma.

O que dizes à MC é claramente de má fé. Sabes bem que o que ela disse foi em tom de brincadeira. Interpretares o que ela disse de uma forma literal, a menos que sejas muito burro (e certamente que também não estarás acima de uma crítica tão objectiva como esta), é de uma má fé e de uma deslealdade impressionantes. Espero que não seja revelador da tua personalidade...

Dizes-te cristão? Olha que Cristo não era cínico nem recorria a golpes baixos como esse. (novamente, há sempre a possibilidade de seres muito burro, em cujo caso as minhas palavras não se aplicam)

José Avlis disse...

pois, a brincar a brincar se incentiva a violência, se incentivam preconceitos. Tudo com a desculpa que é a brincar.
Se leres um manual de psicologia o que verás mais são generalizações.

"a criança dos 4 aos 5 anos gosta de brincadeiras que sejam teatrealizações..."

é uma generalização. "Os meninos dos 10 aos 12 anos não gostam de brincar com meninas"
outra generalização.

Será que por existirem excepções as generalizações são todas abusivas? Ou estarão os homossexuais acima de qualquer tentativa de estudo que chegue a conclusões gerais porque todas as conclusões gerais terão excepções logo constituirão abusos?

António Maria

/me disse...

António, reafirmo apenas uma pessoa burra ou de má fé pode achar que aquilo que a MC disse é um incentivo à violência. E suspeito que não sejas burro. Porque fazer participações deste calibre com má fé é indigno de uma pessoa que se afirma cristã.

Eu já li manuais de psicologia. E de facto, estes generalizam, ao tentar criar teorias que permitam enquadrar os estudos que desenvolvem. Mas todos os manuais e livros de psicologia que li que tinham essa metodologia avisavam sobre os limites da mesma. E referiam as excepções. Se não o fizessem, obviamente que eram generalizações abusivas.

De resto, quanto aos estudos sobre a homossexualidade, é preciso ver de onde e de quem partem. É que neste assunto, há estudos para todos os gostos, e a maior parte são guiados por interesse. O "rigor científico" torna-se bastante escasso.

Por isso mesmo, dizeres que o narcisismo é um dos traços característico dos homossexuais tem o mesmo valor que eu dizer que uma sexualidade reprimida é um dos traços característicos dos homofóbicos. Na realidade, o que se pretende com este tipo de afirmações não é estudar nada... É sim fundamentar as nossas próprias posições, de um modo ignóbil, atacando os outros.

Os homossexuais, tal como os heterossexuais, são pessoas. Com a sua individualidade, a sua personalidade, o seu conjunto de valores e crenças. E têm de ser olhados individualmente.

Se queres assumir que consideras a homossexualidade uma doença, tudo bem, a discussão pára por aqui. É que duvido que tenhas competência para o fazer, e entrarias em contradição com pessoas que de facto têm essa competência. Se não queres assumir, então o que fizeste foi de facto uma generalização abusiva e de má fé. Ou resta a outra possibilidade, que é a de seres burro. E então estarás perdoado.

maria disse...

venho só fazer um pequeno comentário, porque o António Maria, reconheceu o meu "toque", no comentário ao /me, e reagiu. Não venho defender-me, porque não tenho o hábito de o fazer. É prática que abomino. Posso é pedir desculpa porque visei o António Maria num comentário como se ele estivesse ausente da conversa. Não está, já se manifestou, por mim tudo bem.

No meu comentário eu não vinha fazer festinhas ao /me porque ele é homossexual, não é isso que o define. O /me é tudo aquilo que nos mostra aqui no blog, nos comentáriios e no resto todo que é a vida dele. O /me ou qualquer outra pessoa é muito mais do que a sua orientação sexual. Querer reduzir as pessoas a isso, ou é ignorância, má-fé, falta de sensibilidade, preconceito...ou tudo isso junto.

Mas, os homossexuais, bissexuais, lésbicas, ainda são uma minoria e vítimas de preconceito, logo, defendê-los-ei, sim, sempre que seja o caso.

Chamei puro ao António Maria, porque ele ao fazer um comentário injusto e falso, sobre o narcisismo dos homossexuais, está a pôr-se a si (suposto heterossexual)acima de qualquer crítica. Como suposto heterossexual, de certeza, também tem traços no seu carácter, com os quais não gosta de conviver, os quais o impedem de ser a pessoa que gostava de ser.

TwoWorlds disse...

Oh meus amigoszzzzz...

Citando o António:

"O narcisismo, terem tido mães dominadoras e pais ausentes ou mesmo inexistentes são alguns dos traços que caracterizam os homossexuais."

Ao ler isto pensei... O que é que se passou comigo? Serei eu a excepção para confirmar a regra?!

Concordo que em alguns casos a citação do António possa fazer sentido, mas as coisas não são assim tão lineares.

Eu fui muito mimado por toda a gente na minha família. O meu pai sempre foi totalmente presente de igual forma à minha mãe, o meu avô ensinou-me a ler e a jogar à bola enquanto a minha avó estava a trabalhar... Não entendo... Eu também sou narcisista e egocêntrico, mas se calhar por ter sido demasiado mimado.

Há inúmeras explicações para o facto, não devemos é basearmo-nos num único livro, aposto que outros dirão outras coisas. Além disso os manuais de psicologia... enfim... digamos que são muito discutíveis, e não, não quero falar sobre eles, dão histórias loucas.

Não generalizem só porque leram algo numa fonte que parece credível. Não há nada como a experiência.

José Avlis disse...

Realmente devo ser burro. Pensei eu que se os manuais de psicologia tiravam conclusões generalistas sobre todos os restantes estados da condição humana também o poderiam fazer sobre os homossexuais sem que nisso existisse má fé.

Afinal é burrice minha. Os manuais podem tirar conclusões gerais sobre homens e mulheres (heterossexuais), meninos e meninas, jovens e idosos mas não sobre homossexuais.
Se o fizerem estão a assumir que a homossexualidade é uma doença o que sabemos que é proibido dizer pela lei do politicamente correcto.
Eu penso que a homossexualidade é uma doença. Sei que a maioria, não todos, dos psiquiatras e psicologos não está de acordo comigo. Não sei até que ponto esse desacordo dos psiquiatras comigo deriva de uma real convicção cientifica ou de pressão politica.
Para o caso em questão é indiferente.
É burrice pensar que só os doentes são alvo de conclusões generalistas. Os empresários têm sido objecto de estudos psicologicos, obviamente com conclusões generalistas e de má fé, todos sabemos que ser empresário não é nenhuma doença.

António Maria

/me disse...

Os manuais podem fazer generalizações sem se tratar de má fé. Mas claro, se tomam a generalização como válida para todos, são maus manuais.

Eu pedi alguma vez um tratamento diferente para homossexuais e para o resto da população? É que não me lembro de o fazer, nem o faria.

Mas essa não é a questão aqui, pois não? Parece-me que querias era fazer um juizo moral sobre a homossexualidade. Pois claro que o podes fazer, tal como eu faço um sobre a homofobia.

Se pensas que a homossexualidade é uma doença, tens todo o direito, mas obviamente não dou crédito nenhum à tua opinião.

Anónimo disse...

A homosexualidade uma doença? Bem, então prefiro ser doente a burro, mas como estou convencido que não sou doente, atrever-me-ia a devolver a bola (se mo permitem): é que a burrice e a medicridade intelectual são dramas bem mais graves, com os quais tenho dificuldade em lidar.
Mas como até sou tolerante (e não necessariamente politicamente correcto), apenas digo que uma das maravilhas da liberdade de expressão é que todos podem expressar a sua opinião, até mesmo os tolos e os burros (sem insulto ao animal do mesmo nome, cujas qualidades são demais para serem aqui descritas). Finalmente e correndo o risco de ter sido contaminado com alguma burrice, ainda não percebi o que socialização (ou falta dela) tem a ver com a orientação sexual.

José Avlis disse...

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14753.shtml

António Maria

André disse...

Que nós, homosexuais, sejamos todos doentes. Mas por amor do Deus que te é tão caro, tó maria, eu quero, ou melhor, eu exijo, na minha condição de doente e de estudante, mais 30 minutos nos exames, acesso à época especial e, como futuro trabalhador, uns quantos benefícios fiscais para os meus empregadores.

/me disse...

Entretanto houve desenvolvimentos:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14776.shtml

José Avlis disse...

Claro, era obvio que desde o momento em que era tornada publica a posição secreta do pentagono o governo americano iria ser sujeito a pressões dos lobbys para tirar a homossexualidade da lista de doenças.
Esta evolução reforça a minha convicção de que a decisão de tirar a homossexualidade da lista de doenças foi politica e não cientifica.
André, se formos a ver com cuidado quase todos temos uma doença.

António Maria

/me disse...

António, achas mesmo que o Pentágono ia ter medo dos "lobbys gays"?

A pressão sobre o Pentágono foi feita pela Associação Psiquiátrica dos EUA... Que é, que eu saiba, bem mais uma associação científica que um lobby político.

José Avlis disse...

O Pentagono segue a voz do dono e o dono, o presidente dos USA, segue a voz do voto.

António Maria

/me disse...

Estamos a falar do mesmo presidente que quis (quer?) emendar a constituição dos EUA para impedir o casamento homossexual?...

José Avlis disse...

Vou dizer-te um pequeno segredo. Acho que já estás suficientemente crescido para o saberes.
Os politicos raramente são sinceros e quase nunca são coerentes.

António Maria

Anónimo disse...

Doenças parte 2:

Ok ok a saga continua.
Sr. António Maria, já que é tão categórico a classificar a homosexualidade como doença, seja por favor mais especifico e indique em que estudos se baseia para o afirmar. Repito estudos cientificos válidamente reconhecidos quer pela OMS, quer por alguma associação médica ou psiquiatrica de reputação internacionalmente reconhecida.
Caso contrário se a sua afirmação se baseia simplesmente em conceitos morais, poupe-nos os mesmos, pois a moralidade é menos o que se diz e mais o que se pratica. Classifique-me como imoral ou amoral, seguindo os seus critérios e tenha coragem de os assumir, mas não me classifique como doente se não tem bases médico-cientificas para isso.
Entenda-se que ao falar de mim aqui, falo também de todos os que têm orientação sexual identica (e não só) à minha.
Agradecido

/me disse...

Ó António...

Conheces a história dos judeus que tinham fitas à frente dos olhos com as leis do seu povo, porque estava escrito: "terás as leis diante dos teus olhos"?

A discutir contigo ganha-se o Céu... É que vale tudo... Tão depressa adivinhas a intenção do presidente dos USA como dizes que este é incoerente e pouco sincero.

Sabes o que se chama a isso? Desonestidade mental.

Dizes-te cristão? Um cristão vive de Amor, não de medos.

José Avlis disse...

Vic, uma doença é uma atenuante da responsabilidade moral, não uma agravante. Eu baseio-me simplesmente na função sexual primordial, é a reprodução. A homossexualidade afecta essa função, logo é uma doença. Durante muitos anos a OMS e muitos paises consideraram a homossexualidade uma doença. Certamente baseavam-se nalguma coisa.

me, é facil adivinhar as decisões de um demagogo. Era facil adivinhar que iria invadir o Iraque existissem as provas que existissem sobre armamento. Era do seu interesse. Não é por ele ser um demagogo populista que é menos previsivel.

burro, desonesto, a viver de medos (quais?)...

É a vida, ninguém é perfeito.

Mas como pelos vistos te faço ganhar o céu continuarei por aqui a destoar do coro laudatorio.

António maria

Anónimo disse...

Pois é, a OMS considerava uma doença e certamente baseava-se nalguma coisa que pelos vistos não tinha valor cientifico, pois deixou de a considerar doença.
Quanto à função sexual primordial ser a reprodução, então deduzo das tuas palavras que o hetero que usa preservativo é também doente, pois não usa o sexo para reproduzir. Em suma deduzo das tuas palavras que cerca de 80% dos heterosexuais do planeta são pessoas doentes aos quais se juntam os homosexuais. Mas nesse caso então os doentes estão em maioria.
Continuo a achar que não tens coragem para assumior os padrões morais nos quais te enquandras e esse é o teu problema, logo usas a doença como pretexto.
Muitos antes de ti trilharam esse caminho que sempre levou à intolerancia, ao ódio, às ditaduras e à guerra em nome de valores morais que ninguém consegue racionalmente explicar.

/b/ disse...

Caro António Maria,

Diz que a homossexualidade afecta a reprodução enquanto função sexual primordial.

Não vejo como.

É que, se alguém é homossexual, não poderá participar nesse processo maravilhoso de transmissão de vida.

Ou pode?

Pode, se se tolerar os casamentos de fachada. Se se achar que não há problema em haver escapadelas de país de família no Príncipe Real à noite, desde que eles depois voltem para o santo sossego do lar e para o convívio com a mulher e com os filhos.

Pode, em resumo, se se aceitar que é preferível viver em mentira. E a mentira, como se sabe e a desonestidade em geral são do mais anti-cristão que há (seria fastidioso citar aqui as Escrituras).


De resto, toda a sua análise é dúbia e incongruente. Se os homossexuais são doentes, tratemo-los (e tratem-me) então como doentes. Se somos lúcidos membros de um perigoso lobby, que os tratem (que me tratem) como tal. Agora decidam-se. Misturar estratégias é - no mínimo - perigoso para uma posição pouco fundada.

/b/ disse...

Termino dizendo que as suas intervenções nem sequer se coadunam com a distinção feita pelo Catecismo da Igreja Católica entre tendências homossexuais e actos homossexuais - com a qual, refira-se, não concordo.

Diz o Catecismo - e cito em inglês por uma questão de facilidade, não tenho aqui o Catecismo comigo - que "The number of men and women who have deep-seated homosexual tendencies is not negligible. They do not choose their homosexual condition; for most of them it is a trial. They must be accepted with respect, compassion, and sensitivity. Every sign of unjust discrimination in their regard should be avoided. These persons are called to fulfill God's will in their lives and, if they are Christians, to unite to the sacrifice of the Lord's Cross the difficulties they may encounter from their condition.

'Respect', 'compassion' e/ou 'sensitivity' não foi o que encontrei nas suas palavras. Mas talvez eu tenha tido azar com os seus escritos sobre a matéria.

José Avlis disse...

Os homossexuais podem mesmo assim ter filhos, podem mas a vontade fica afectada de modo que essa possibilidade fica seriamente diminuida. É uma doença psiquica, não fisica.

Nem todas as doenças psiquicas afectam a lucidez, algumas afectam a vontade mantendo a lucidez. É o caso da homossexualidade.

Não há incompatibilidade em terem uma doença e formarem um lobby. A transsexualidade é universalmente considerada uma doença e apesar de serem em numero muito reduzido fazem um lobby. Lobby que não é composto apenas por transexuais.

A compaixão e a sensibilidade não implicam distorcer a verdade para agradar a quem nos ouve.
Se os estudos indicam que genericamente os homossexuais têm mães dominadoras não é nenhuma falta de respeito dize-lo.
Esse é um equivoco que coloca em causa a liberdade de investigação cientifica. O respeito que se deve ter pelos homossexuais não pode implicar a distorção da verdade.

A vossa reacção é uma reacção de medo talvez porque no passado a catalogação da homossexualidade como doença foi usada como pretexto para reprimir os homossexuais. Mas como implicitamente disse o André não é linear que isso assim seja.

António Maria

Anónimo disse...

António Maria, em inglês há uma palavra para descrever o que dizes: bullshit e francamente começas a ser um enjoo (a liberdade que te permite escrever asneiras, permite-me também dizer o que sinto).
Aqui quem tem um problema és tu obviamente e, o teu problema, volto a dizê-lo, é não teres a coragem para assumir os teus próprios valores ou padrões morais (se calhar estou enganado e não tens nenhuns). Continuas a debitar um chorrilho de asneiras sem indicares nenhum estudo cientifíco ou médico para substanciares o que dizes.
Até agora eram só os homosexuais, agora já vais até aos transexuais. Quem se segue? Quem tiver uma cor de pele diferente (doença de pigmentação?), quem falar uma lingua diferente?
E sim tens medo, muitos medos (esses sim, podem ser sintoma, e grave, de doença psiquica - consulta um psicanalista quanto antes), os teus medos têm a ver com o facto de sentires o teu pequenino mundo abalado por algo que desconheces completamente e refugias-te na sinistra desculpa da doença e do lobby. Foi assim que os nazis começaram, só que eles sabiam-no, tu, na tua ignorancia (espero que seja o caso, não estou certo), nem te dás conta disso.
Já que o teu nick o sugere, pois obviamente tens necessidade de te afirmares (ou será esconder?) através ou por detràs de algo que afirmas ser (muito crente), deixa-me dizer-te o seguinte: Sou católico, apostólico romano e sou-o convictamente e não só por ter sido baptizado ou feito as comunhões, o que me permite ter uma visão da vida, do mundo e dos outros bem mais tolerante e verdadeira que a tua. Ao longo de anos em África tive a oportunidade de conviver com missionários, cujo exemplo de devoção e coragem ao serviço dos outros me inspiraram. Desses exemplos aprendi a tolerância, a sensibilidade, a entrega, qualidades que obviamente os teus padrões morais (se é que os tens) não te permitem exercitar, estás prisioneiro de ti próprio e feliz na ignorância (continuo a não ter a certeza). É obvio que da vida pouco ou nada sabes, certamente sabes bem menos do que eu (e sim, permito-me de ser arrogante nesta questão), mas tal como Deus olha por mim e me perdoa as minhas limitações, fará o mesmo por ti.
Quanto à tua afirmação sobre as mães dominadoras, meu caro não vás por esse caminho, posso-te dar 99 exemplos em 100 do contrário e assim mais uma vez dizer-te que o que dizes são apenas asneiras.
És bem o exemplo do problema maior que afecta o nosso país: a falta de instrução, a falta de literacia a falta de cultura.
O problema é que não sei se és assim tão inocente no que dizes, porque se o fosses eu não perderia tempo a escrever e dir-te-ia apenas: God bless.

Anónimo disse...

Caramba!
O que eu tenho perdido!
Muita animação!
Já chego tarde para o debate!
Afinal alguém tinha razão:
"doentes sempre os tereis".
Para o meu caso,
prefiro que cuidem de mim a MC e o /me.

O António Maria, parece-me bom moço,
mas inexperiente e demasiado livresco;
fantasioso nos diagnósticos,
idealista nos receituários
perigoso no uso dos genéricos,
e de extremíssima unção!
Por agora, António Maria,
está dispensado do meu «serviço de urgência»"!

José Avlis disse...

Vic e Tiago, obviamente que os meus conhecimentos sobre este tema se resumem praticamente ao saber livresco e mesmo assim não muito vasto.
Se só nos pronunciarmos sobre aquilo em que somos especialistas quantos posts sobrariam neste e noutros blogs?
No entanto o vic continua a insistir num erro. O erro de quererem estar acima de qualquer analise. Não lhe vou deitar em conta o querer atribuir a minha opinião a um desiquilibrio psiquiatrico de que eu sofra. São coisas que se dizem quando se está exaltado e quem não cometeu estes despauterios que atire a primeira pedra.

Mas pensemos. Todos os grupos são objecto de estudo. Os homossexuais não são excepção. Os estudos chegam a conclusões generalistas. Generalizações com limitações mas devem ser consideradas, não ignoradas.
A homossexualidade é atribuida a factores geneticos, hormonais durante a gestação e a factores educacionais. Pelo que tenho lido a educação, a vivencia durante a infância tem algum peso. É natural que os investigadores procurem saber quais são os factores educacionais que contribuem para a genese da homossexualidade.
Os homens e as mulheres diferem em muitos pontos para além da sexualidade. É natural que genericamente os homossexuais sejam diferentes dos heterossexuais não só pela preferência sexual mas também noutros aspectos da psicologia.
As conclusões serão sempre generalizações. Não é pelo facto de serem generalizações que são injustas, mesmo que muitas dessas generalizações não sejam elogiosas.

O direito dos homossexuais a serem respeitados não pode submeter, pela ditadura do politicamente correcto, a investigação e as conclusões cientificas. Nem todas as conclusões serão do agrado dos homossexuais.

António Maria

/me disse...

Concordo absolutamente com o teu 3º e o teu 4º parágrafo. E claro, concordo que tens o direito a pronunciar-te em assuntos nos quais não és especialista (não sobraria nenhum post - nem um - neste blog, se eu não fizesse o mesmo).

Porém, esta discussão tem pouco a ver com ciência. Se falarmos em termos científicos, então oficialmente a homossexualidade não é uma doença. Claro que há médicos que discordam dessa posição oficial, mas neste momento é essa a posição. Só que esta discussão tem mais a ver com uma apreciação moral da homossexualidade. Esse é que me parece ser o verdadeiro assunto de fundo...

Anónimo disse...

Essa de todos os grupos serem objecto de estudo é um pau de dois bicos.
A troco de quê deveria a minha sexualidade (e do meu " grupo") ser objecto de estudo? ainda por cima por quem não está cientificamente habilitado para tal? Porque não submeter a tua (e a do teu "grupo")?
Sim, enquanto individuo, reservo-me o direito de não querer ser objecto de nenhum estudo ou análise por causa da minha sexualidade. Au contraire, desde o teu primeiro post arvoras-te o direito de analisar sem teres qualificações para isso sequer.
Só neste ultimo post deixaste de referir a homosexualidade como doença (já é um avanço), mas sentes-te ofendido (no minimo tocado) quando se diz que os teus medos podem ser sintoma de doença psiquica. Apenas fiz o que tens estado a fazer, uma análise sumária sobre ti, afinal não és tu que dizes que todos são objecto de estudo? Ou na tua optica isso só se aplica aos outros sobretudo se os outros forem diferentes de ti?
Não, a ti não te dou o direito de analisares a minha sexualidade, nem de me julgar por causa da mesma, sobretudo porque apenas usas as parcas informações de eventual carácter cientifico para fazeres juízos de valor. Não te dou definitivamente esse direito. Não preciso de respeito especial por ser homosexual. Contento-me com a minha simples condição de Ser Humano. O resto só tem fundamento em mentes de gente pequena ("O país é pequeno e as gentes também não são grandes" - Almeida Garret in " Viagens na Minha Terra " )

maria disse...

António Maria,

aquilo que tu chamas ditadura do politicamente correcto, eu chamo solidariedade, compaixão, justiça, respeito.

Acho que fazias um grande favor a ti próprio, se assumisses que tens preconceitos em relação aos homossexuais. Acho sobretudo, que eles vêm de falta de formação da tua parte.
Se tivesses que ser confrontado com algum familiar ou amigo com essa orientação sexual, como é que te relacionavas com essa situação?

José Avlis disse...

A solidariedade, compaixão, justiça e respeito não devem sufocar a investigação cientifica, a procura da verdade.
É uma grave distorção, mostra uma profunda intolerancia que chega ao ponto de tentar implantar uma censura, querer impedir a investigação cientifica com a desculpa do respeito que se deve ter por determinadas pessoas.

António Maria