Ministra culpa professores e escolas pelo insucesso
Concordo:
- o elevado insucesso escolar e a falta de qualificação dos alunos passa pelo trabalho dos professores e pelo funcionamento das escolas
- o Ensino Secundário não pode continuar a preparar alunos apenas para o acesso à universidade
- a pouca qualificação dos jovens é justificada com um trabalho - quer das escolas, quer dos professores - que não se encontra ao serviço dos resultados e das aprendizagens*
- a escola não combate as desigualdades sociais (pior, acrescento eu, quanto mais se abandalhar o sistema de ensino e se baixar o nível dele, mais ainda se acentuam essas desigualdades). A ministra dá um exemplo: a organização dos horários escolares que, segundo sublinhou, privilegia os alunos melhores, assim como filhos de funcionários das escolas. Numa palavra, corrupção
- No conjunto de regras de funcionamento da escola tem de se lhe inscrever a preocupação com os resultados dos alunos, medidos quer na provas de aferição, que pela qualidade dos diplomas e das competências adquiridas pelos alunos
- é lamentável que os professores trabalhem individualmente, e não com espírito de equipa
- há uma aristocracia nas escolas que reserva os melhores alunos para os professores mais experientes, e os piores alunos para os professores mais novos na profissão
Discordo:
- estilo trauliteiro da ministra
- *da imagem que passa dos professores serem uns baldas, quando na realidade (os pais, a sociedade, os alunos, o ministério, os próprios colegas) não os deixam trabalhar. E aí, o problema não passa pela mentalidade dos professores, mas pelo ambiente de trabalho. O ministério tem graves responsabilidades
- a ministra da Educação comparou os professores com os médicos. Assim, disse que, enquanto para estes últimos, o desafio máximo é o caso pior e mais difícil do hospital, nas escolas a cultura profissional dos professores não os orienta para os casos mais difíceis. (a comparação é infeliz. Mas enfim. Os professores vêm-se quase obrigados a passar alunos que chegam sem conhecimentos nenhuns dos anos anteriores. Como tal, a motivação dos alunos é quase nula, ou mesmo nula. Esperam-se milagres? Novamente, a culpa é do ministério)
- a táctica da ministra de mandar recados aos professores pela comunicação social. É baixa e fragiliza ainda mais a imagem dos professores, que devem ser encarados como parceiros, e não como o problema
Concordo:
- o elevado insucesso escolar e a falta de qualificação dos alunos passa pelo trabalho dos professores e pelo funcionamento das escolas
- o Ensino Secundário não pode continuar a preparar alunos apenas para o acesso à universidade
- a pouca qualificação dos jovens é justificada com um trabalho - quer das escolas, quer dos professores - que não se encontra ao serviço dos resultados e das aprendizagens*
- a escola não combate as desigualdades sociais (pior, acrescento eu, quanto mais se abandalhar o sistema de ensino e se baixar o nível dele, mais ainda se acentuam essas desigualdades). A ministra dá um exemplo: a organização dos horários escolares que, segundo sublinhou, privilegia os alunos melhores, assim como filhos de funcionários das escolas. Numa palavra, corrupção
- No conjunto de regras de funcionamento da escola tem de se lhe inscrever a preocupação com os resultados dos alunos, medidos quer na provas de aferição, que pela qualidade dos diplomas e das competências adquiridas pelos alunos
- é lamentável que os professores trabalhem individualmente, e não com espírito de equipa
- há uma aristocracia nas escolas que reserva os melhores alunos para os professores mais experientes, e os piores alunos para os professores mais novos na profissão
Discordo:
- estilo trauliteiro da ministra
- *da imagem que passa dos professores serem uns baldas, quando na realidade (os pais, a sociedade, os alunos, o ministério, os próprios colegas) não os deixam trabalhar. E aí, o problema não passa pela mentalidade dos professores, mas pelo ambiente de trabalho. O ministério tem graves responsabilidades
- a ministra da Educação comparou os professores com os médicos. Assim, disse que, enquanto para estes últimos, o desafio máximo é o caso pior e mais difícil do hospital, nas escolas a cultura profissional dos professores não os orienta para os casos mais difíceis. (a comparação é infeliz. Mas enfim. Os professores vêm-se quase obrigados a passar alunos que chegam sem conhecimentos nenhuns dos anos anteriores. Como tal, a motivação dos alunos é quase nula, ou mesmo nula. Esperam-se milagres? Novamente, a culpa é do ministério)
- a táctica da ministra de mandar recados aos professores pela comunicação social. É baixa e fragiliza ainda mais a imagem dos professores, que devem ser encarados como parceiros, e não como o problema
- da ideia que pode haver lugar a avaliação de mérito num sistema que premeia e promove a incompetência; da ideia de que se pode obrigar os professores a obter resultados sem antes promover mudanças de fundo
5 comentários:
Análise lucida!
bem dito!
mas custa-me sempre generalizar as opinioes... ha sempre uns que escapam, espera-se...
Zibl, também concordo plenamente contigo. Achei um "acrescento" excelente. :)
Beijos!
Zibl, estamos a generalizar. Apenas se fôssemos ministros é que tínhamos de ter os cuidados com os casos limites... acho eu. :)
(pronto, esta boquinha tinha de ser mandada)
Hmm, imaginei-te com 35, não sei porquê. :)
Zibl:
Só dás razão á Ministra... pelos vistos, sabe do que fala..
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