25.5.07

César strikes again

Diz César das Neves:

"[A poligamia], como a prostituição, ainda luta pela legalização, mas homossexualidade e pornografia já estão na fase de reconhecimento oficial, envolvendo vários políticos na campanha.

Por detrás disto tudo está o tabu fundamental de um tempo que se diz sem tabus: «como se pode proibir ou limitar a sexualidade consentida entre adultos?».

Curiosamente, este argumento parece decisivo a muitos. Curiosamente, porque quase todas as outras actividades consentidas entre adultos são hoje, não só altamente regulamentadas, mas até proibidas, criminalizadas e punidas. [...]

O tráfico de droga, contrabando e múltiplas outras actividades praticadas entre adultos que, mais que consentindo, estão mesmo ansiosos por isso, continuam proibidos e perseguidos. E com toda a razão!

Por que motivo então a sexualidade tem de ser a única acção onde basta o consentimento de adultos? Será por ser pouco importante? Por acaso, é muito mais influente que qualquer das outras. Por que razão é então? Muitos acham a resposta evidente. De facto, os tabus nunca precisam de justificar os seus motivos. Por isso é que são tabus."

3 comentários:

Anónimo disse...

Porque é que o César das Neves insiste na pergunta como limitar/proibir/regulamentar/ a sexualidade consentida entre adultos? E não pergunta, antes: como expressar de forma mais livre, menos complexada e preconceituosa a nossa sexualidade? Não é por acaso que César das Neves coloca a sexualidade a par de outras ‘actividades produtivas’ (mais regulamentadas, diz ele) consentidas entre adultos, como o trabalho. Este paralelismo não é inocente! Porque para muitos a sexualidade só é concebível e aceitável no plano da ‘produção’, da procriação, dos direitos e deveres de parceiros produtivos, férteis portanto!!!! Não cabe na cabeça de César das Neves que haja sexualidades não produtivas, feitas por prazer ou pelo gosto, por amor… ou porque sim! Porque apetece e pronto!! É o velho problema dos mecanismos de controlo do prazer (recomendo ao Professor a leitura urgente de Faucoult) E depois há a questão do tabu que, não por acaso, aparece sempre em dicursos moralistas e de interdito como os de César das Neves ... Mas, o mais triste nas crónicas de César das Neves é que dos sectores católicos, mesmos os mais progressistas, não vem nada de novo sobre a matéria da sexualidades. Nem basta ao Papa escrever uma encíclica sobre o amor para inspirar os paladinos da moral, com César das Neves, a alterar um pouco a sua visão sobre a sexualidade e admitir que a sexualidade (mesmo a homossexual)pode ser uma expressão de amor... é por isso perfitamente legitima, mesmo no plano da moral que César da Neves tanto valoriza! Não me lembro de Cristo ter alguma vez condenado a homossexualidade. Não vem no Novo Testamento… que eu me lembre!. E não é por acaso que Jesus não condenou os homossexuais. Porque a mensagem cristã não é de condenação, mas de salvação é uma mensagem de amor e não de ódio, de inclusão e não de exclusão... Desculpa Me, mas crónicas destas logo pela manhã, tiram-me do sério! ~-:(

/me disse...

Luís, totalmente de acordo. Também a mim me tira do sério!

Apetece-me sugerir à personagem que viva a sua vida e deixe os outros em paz. Acho-o mesquinho...

Anónimo disse...

Este tipo enoja-me.
E mais que isso, a sua insistência no assunto começa a cheirar-me a algo mais...
Abraço.