9.3.07

O egoísmo dos outros

Por vezes, aparecem-me jovens homo e bi dilacerados entre a sua sexualidade e o temor pelo confronto com os seus pais... E tristes, muito tristes, por a sexualidade ser uma tema fracturante que os obriga a decidir entre eles e os pais, entre prescindir da família ou deles próprios. E fico a pensar, como cidadã e como mãe, se alguma vez me atreveria (ou se acharia adequado) pressionar uma pessoa (um filho) a ser pouco feliz e a viver coartado na sua sexualidade, apenas para me agradar ou para me poupar ao que eu imaginava ser a «censura social». Penso que ninguém tem esse direito sobre outrem. (fonte)

3 comentários:

Aequillibrium disse...

Se todos fossem assim...

Ou pelo menos a maioria. Seria um mundo um pouco melhor.
;)

Anónimo disse...

Eu tive a felicidade de encontrar pais assim, e já há muito tempo, o que é de realçar ainda mais.

NaSacris disse...

Essa é a guerra mais cruel e mais difícil de vencer, sem recorrer a rupturas. Porque é uma guerra de afectos: entre os afectos de raíz biológica (os pais), e afectos de outros amores, sobre os quais o preconceito é ainda grande.
É uma guerra civil interior que pode deixar algumas feridas, às vezes difíceis de sarar. Conheço alguns casos.