2.2.07

Razões do não

Tenho tido pouco tempo para este blog porque me tenho dedicado a tentar explicar as razões porque defendo o não no próximo referendo no Razões do Não.

Ou por outra, tenho-me acima de tudo esforçado para que possa haver uma discussão séria, em que se ouçam os dois lados e se aprofundem conceitos e ideias. Até porque acho que temos mais a perder com (mais) uma discussão de surdos que com a eventual vitória do sim ou do não.

O último post que escrevi sobre o assunto já está menos numa onda de moderador e é a minha posição de fundo. Gostava que a lessem, se tiverem vontade de tanto.

2 comentários:

maria disse...

vou ler. O que eu não faço por ti?! :)

RIC disse...

Li atentamente, fiz um registo breve do que se me oferecia dizer e só depois redigi o que se segue.
Quanto mais mulheres não queiram/precisem de abortar, tanto melhor para todos. Mas enquanto uma mulher for vitimizada por uma lei que a equipara a criminosa passarei adiante em relação às que não abortam e aos entes abortados. Para tudo o que é do foro humano são necessárias prioridades. Quem não as define, perde se. Despenalizados a atitude e o acto, haverá então espaço para discutir outras solidariedades, igualmente meritórias de atenção. Até lá, não vejo como.
Não me parece tão pouco sensato – ou mesmo honesto – transformar um referendo a um aspecto particular de uma lei num plebiscito às boas e às más consciências. Em tempos idos, alguém também dizia que quem não é por nós é contra nós. Eu sempre abominei radicalismos, maniqueísmos e a tendência portuguesa para o exagero (ou oito ou oitenta). Aliás, no mesmo instante em que mal a pressinto é o instante exacto em que «desligo»… E vale então para mim também: «Après moi, le déluge!».
Abraço! :-)