Nuvens

Dizia a minha professora da primária que um famoso cientista (seria Pascal? não me recordo...), em criança, era super-curioso, fazendo constantemente perguntas do género de "como é que as moscas conseguem andar no tecto sem cair?". Queria com isso espicaçar a nossa curiosidade (ma non troppo...), o que no meu caso aparentemente conseguiu com um atraso de quase duas décadas.

É que hoje acordei com olhos de ver, a perguntar-me coisas que não me fazem falta nenhuma saber. Uma delas - aquela que me deixou mais entusiamado - é: qual a velocidade a que uma nuvem se desloca?

Se ainda fosse criança, não me atreveria a perguntar nada à professora, que isso da curiosidade era muito bonito, mas o medo de apanhar era maior. Só que na era da internet, basta ir ao google, que ele tem as respostas todas.

Comecei pela wikipedia, onde aprendi que as nuvens se podem classificar quanto ao aspecto, à constituição e à altura. Mas não dizia a velocidade. Voltei ao google e procurei "velocidade" e "nuvem"; como em 20 segundos não encontrei a resposta correcta, desisti. Isto da curiosidade consequente é coisa do passado, hoje em dia a resposta é para ser imediata; não há pachorra para mais.

Deu-me a loucura de calcular eu próprio a velocidade aparente das nuvens. Tinha dados mais que suficientes, certamente. A altura delas, o ângulo aparente do seu movimento, um cronómetro no telemóvel, tudo o que quiser, no fundo, à disposição.

Então... olhei pela janela, curei-me da curiosidade, vim aqui e escrevi um post ocioso dominical. De qualquer forma, deve estar a dar alguma coisa na televisão que me adormeça o cérebro.