Emociona a virilidade da música (1) que canta a dor sem chorar. É essa a saudade do Portugal que amo, resignada e sofrida, mas apenas um sentimento, nunca um obstáculo. Choram as guitarras, mas nunca a voz. Essa sente, mas segue em frente, sempre sem parar. Comovem os olhos lacrimejantes, entre doces e implacáveis. Impotentes e sabedores. Determinados.
Tolice minha! Gostava tanto que a vida fosse um musical (2), às vezes. Fazia-nos falta, sabes? Gostava de pegar na tua mão, olhar-te nos olhos, puxar-te, sapatear um pouco à tua frente. Puxar da bengala e cartola, e deixar sair o que sinto numa canção agridoce. Chorar primeiro e rir depois, e as gentes juntando-se-me numa coreografia jamais ensaiada. Por fim, ver-te cantar também. Faz falta essa redenção.
É que eles mentiram. Não se morre uma vez (1), mas tantas, muitas. Por isso mesmo, há que saber ressuscitar (2). Morrer com a virilidade da primeira música (1), ressuscitar com a alegria tola da segunda (2).
Tolice minha! Gostava tanto que a vida fosse um musical (2), às vezes. Fazia-nos falta, sabes? Gostava de pegar na tua mão, olhar-te nos olhos, puxar-te, sapatear um pouco à tua frente. Puxar da bengala e cartola, e deixar sair o que sinto numa canção agridoce. Chorar primeiro e rir depois, e as gentes juntando-se-me numa coreografia jamais ensaiada. Por fim, ver-te cantar também. Faz falta essa redenção.
É que eles mentiram. Não se morre uma vez (1), mas tantas, muitas. Por isso mesmo, há que saber ressuscitar (2). Morrer com a virilidade da primeira música (1), ressuscitar com a alegria tola da segunda (2).
8 comentários:
Não sei que dizer.
Abraço e beijo,
José Manuel.
Começas a semana inspiradíssimo!
Fez-me bem esse texto.
Abraço!
Os milagre de um tap-dance...
Mas mais importante é o aceitar do término de algo, pois só assim é possivel (muitas vezes) evoluir. O desprendimento para com o passado é algo que nem sempre é fácil, mas quase sempre necessário.
Um belo início de semana para ti.
Abraço
Zé, não precisas de dizer nada. :)
Apenas sorrir e dançar (2).
Nasacris, obrigado. :) Fico muito feliz que te tenha feito bem. Mesmo tendo a certeza de que sabes melhor que eu o que aqui quis dizer. Retribuo o abraço. :D
Mikael, tens cara de quem sabe sapatear. Ou tens blog de quem sabe sapatear, nem sei! Eu tenho uma relação com o passado um pouco distinta de outras pessoas que conheço. Tenho pensado sobre isso. Mas morremos (1) e renascemos (2) com uma frequência enorme. Com cada lágrima (1) e cada sorriso (2), diria eu. O que me dá pena é que há quem não saiba ou não consiga renascer (2). Morre e fica morto. Se calhar com boas razões para isso, admito, mas custa ver.
/me toca em dois pontos muitos interessantes... Morte e dança! Estou a preparar um workshop que falará sobre Deus e dança, mais precisamente: "Corpo e Alma - Será que Deus dança?" (Passo à publicidade, muito obrigado... eheheheh).Falar desta comunhão que se gera entre a arte com o corpo e a ligação com o divino.
E sim, concordo com a morte diária, mas também com um renascer e até mesmo um ressuscitar. Sou daqueles que pensa que aprendemos a morrer. De facto, se olharmos para o sentido mais profundo da morte, ela acontece em cada momento e, curiosamente, quando morremos com sentido ganhamos um impulso maior, um impulso que nos leva a um crescimento imenso.
Um Abraço, com a minha oração!
O menino dá-me um autógrafo, se faz favor?
Estou em vénias... : )
Um grande beijo.
Cheio das tulipas que (já) te devem fartar...
Morrer, renascer, sofrer, sorrir... Gostei da forma como o escreves. Espero que estejas numa fase de renascimento (2).
;)
Renasce! Com música e com dança! Deixa para trás o vento dos teus movimentos. Corre (dança) em direcção ao horizonte.
Obrigado.
Zé
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