9.1.08
29.11.07
Apenas para oficializar...
Já há muito que eu próprio suspeitava. As recentes melhoras da morte foram o canto de cisne. Este blog acaba aqui. Obrigado aos meus leitores.
Resposta
Coloco aqui a resposta simpática que o Francisco José Viegas deu ao meu e-mail (com uma diferença: onde aparecia o meu nome, troquei por /me):
Caro /me,
desculpe só agora responder à sua amável carta (é hoje muito raro podermos discutir ideias e razões com delicadeza) que me enviou a propósito do artigo de segunda-feira passada. Não o fiz logo porque houve “coisas familiares” que se meteram pelo meio.
Caro /me, não sei a sua idade (e provavelmente isso não tem importância) mas, com 45 anos, encontrei uma parte do mundo já feita – direitos essenciais tinham já sido garantidos durante os anos sessenta e setenta e, embora não nutra grande simpatia (como deve ter notado) pela mentalidade “soixante-huitard”, reconheço a minha dívida e fico grato. Uma das áreas em que me tenho empenhado é na defesa das liberdades individuais, que penso estarem ameaçadas hoje em dia – pelo Estado, pelo sistema político, pelas grandes corporações, etc. Esse é o meu domínio em absoluto. Liberdade quer dizer, exactamente, liberdade. Assumir os meus direitos – à privacidade, à intimidade, à identidade. Tenho dado provas nesse aspecto e não preciso de invocar textos que escrevi.
Ao contrário de outras perspectivas (que admito estarem certas, mas que pressuponho que estão erradas), acho que a melhor forma de transformar a sociedade é (desculpe o lugar-comum) pela “via reformista”. A “sociedade” é um monstro ignóbil e geralmente demasiado vago, constituída por pessoas que nascem naturalmente más e que, com o tempo, a cultura, a aprendizagem, o contacto com a arte, a sensibilidade e até a experiência, aprendem a ser melhores. Os direitos dos gays, lésbicas e outras orientações sexuais não constituem para mim alíneas especiais desse combate pela liberdade e pela identidade – são parte essencial dele. Por isso acho ridículo não estar legalizado o casamento de homossexuais. Como são absurdas várias coisas nessa matéria.
Quando refiro o “politicamente correcto” quero significar aquilo que é apenas do domínio da linguagem – e não quero dar-lhe exemplos banais. “Orgulho gay” significa, exactamente, “orgulho em ser gay” e em admitir essa identidade. Nada contra. Absolutamente nada. Nem uma única objecção (para quem viveu no Brasil ou em Israel, o “gay pride” é uma manifestação absolutamente normal). Totalmente contra a discriminação. Acredite, no entanto (e digo-lho com a maior honestidade, absoluta honestidade), que a melhor forma de evitar transformar o “gay pride” em folclore é não fazer do tema um combate radical e “fracturante” mas, antes, um acontecimento natural, uma “parada” que faz parte do calendário e que não visa criar um reduto mas, antes, uma abertura de portas.
As sociedades mudam lentamente. O /me afirma, no seu mail, que a sociedade reprova os relacionamentos homossexuais. Não acho isso. Acho, até, que a sociedade – lá no fundo, se quiser – os admite. Com normalidade e (lá vai o meu temperamento conservador) discrição, da mesma forma como lida com outros “temas fracturantes”. São anos e anos e anos de “valores” cristalizados, que não mudam de um ano para o outro. Lembro-me de um dia em que fui a uma pequena aldeia da Beira Alta, onde vivia um determinado escritor holandês. Lá chegado, perguntei onde morava o sr. [...]. “Ah, o holandês? Mora ali ao fundo, mas olhe que o namorado dele esteve ainda agora aqui.” Isto passava-se na Beira, há uma boa dezena de anos.
Manifestar o “orgulho gay” significa aceitar que exista um “orgulho hetero”. Até por humor, que é a melhor forma de combater. O sentido de humor nunca se deve afastar destes debates. Com os meus amigos gays brasileiros eu costumava brincar há já muito tempo, quando eles me falavam do direito ao casamento civil gay. Nada a opor, eu dizia. Acho bem que casem, porque toda a gente tem direito a ser infeliz. Era brincadeira, humor. Eu sou assim. Não acho que invocar o “orgulho hetero” seja ofensivo ou homofóbico. Aqui entre nós, um presuntivo e hipotético “orgulho hetero” não se dirige contra o “orgulho gay” mas, sim, contra essa onda muito mais “metrossexual” que o common-sense confunde com gay, e que é apenas – aí sim – folclore e plumas. No Rio Grande do Sul conheci uma comunidade gay muito interessante, com quem me dou bastante, e que me contavam a história de um jovem gay que costumava frequentar determinadas tabernas da zona da Beira-Rio. Os frequentadores habituais (é preciso conhecer um pouco das idiossincrasias do Rio Grande do Sul e da cultura gaúcha) respeitavam muito o Edison (ele). E diziam, com aquele jeito gaúcho: “Mas, bah, é preciso ser muito macho pra vir aqui.” Eles compreenderam, com a proximidade, com a naturalidade, que não havia nada estranho naquele comportamento que, para eles, seria inusual. O outro passou a existir, passou a ser-lhes mais próximo.
No meu livro “Longe de Manaus”, há duas personagens lésbicas; uma delas imagina o que os outros pensariam dela. Que teria a pele coberta de penas, que o corpo seria estranho, etc etc. O que nos faz , a todos, estranhos, é não nos conhecermos verdadeiramente.
Compreendo, aceito e respeito os seus argumentos. Mas permita-me discordar ligeiramente deles – não do combate que eles supõem. Quando eu escrevi que “hetero que é hetero não fala do assunto” quis dizer, exactamente, que estavam a fazer uma figura ridícula. É a minha maneira de dizer. Politicamente, era mais “correcto” levantar a voz e condenar, com um discurso muito complexo e cheio de banalidades (desculpe, mas muitas vezes só encontro banalidades nesse genero de discurso). Mas acho que o humor é uma arma muito mais letal. O que a Tagus fez foi aproveitar a extrema popularidade do tema “orgulho gay” e dizer, no fundo, que o “orgulho hetero” se sentia ameaçado. Serviu-se do “orgulho gay”. Mais nada. Fez uma campanha idiota, que seria desvalorizada pelas pessoas e pelos próprios consumidores.
Por esse motivo eu acho que determinadas posições mais radicais são muito contraproducentes (como aliás admitiu o blog Renas e Veados). Melhor é rir e ironizar. Esse é um bom combate. O mundo já é triste demais, violento demais, desagradável demais. V. pode não concordar com as minhas razões, e eu posso não concordar com todas as suas – mas num ponto nos encontramos: na defesa da liberdade. Lamento se o ofendi com alguma coisa. Não queria nem quero. Receba um abraço amigo do
Francisco
26.11.07
Ainda a campanha da Tagus
Escreveu Francisco José Viegas:
"O mais importante, no entanto, não foi a campanha propriamente dita, mas a reacção que motivou, chegando ao cúmulo de ver o meu amigo João Teixeira Lopes escrever que a cerveja Tagus se tornou "um signo do poder homofóbico". "Quem a beber é cúmplice." Os sites LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) trabalharam bastante, assinalando a concordância de género e número entre a expressão "orgulho hetero" (que foi associada a "opressão e discriminação") e ódio não sei a quê, mas sobretudo a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Não me parece. Parece-me, antes, que a campanha publicitária não é escandalosa, nem ofensiva, nem homofóbica. Fica na memória pelas más razões, mas eu não a subscreveria nem imaginaria. Simplesmente, a reacção indignada, quase histérica e cheia de exageros, acusando-a de homofóbica, é mais ridícula do que a campanha propriamente dita e configura uma patrulha sobre toda e qualquer linguagem, engrossando a classe dos coitadinhos e das vítimas de tudo e de nada.
Essa patrulha ideológica, vigiando cada distracção, cada frase mal pronunciada, cada piada ou anedota, cada opinião, cada divergência, cada afrontamento, cada violação das regras linguísticas do "politicamente correcto", é que me parece contraproducente. O ar escandalizado e beatífico com que se condena o humor ou as falhas de humor e se politiza coisas tão banais como uma cerveja razoável são um sinal dos tempos. Afinal, que mal há na declaração ou na reivindicação de "orgulho hetero", à parte a irrelevância do próprio conceito?"
A minha resposta, enviada por mail:
Caro Francisco José Viegas,
permita-me discordar da sua crónica no JN sobre a campanha da cerveja Tagus. Há pontos em que concordo consigo. A campanha era estúpida e não tinha intenção de ser homofóbica. Hetero que é hetero não precisa de o afirmar.
No que discordo é quando se apresenta como vítima do discurso do politicamente correcto. Porque não é politicamente correcto deixar de fazer piadas sobre gays, ou até sobre pretos. Elas ouvem-se por aí. Quantas vezes não se ouve "esses paneleiros deviam era ser assassinados/postos fora do país/qualquer coisa má"? E quantas vezes não há a imputação às pessoas homossexuais dos males do mundo? É politicamente correcto fazer piadas, mandar bocas, até fomentar o ódio contra os LGBTs.
Também discordo quando diz que a melhor oposição ao orgulho gay é o orgulho hetero. Revela que não percebeu o que se quer dizer com orgulho gay. Tem de ir para além da aparência imediata da expressão. Orgulho gay não é orgulho na orientação sexual. Ter orgulho em ser-se gay é uma estupidez. O orgulho gay é entendido pelos próprios LGBTs como uma recusa da vergonha que outros lhes tentam impôr. É uma resposta: "não, não vou ter vergonha em ser gay, eu tenho orgulho na minha pessoa". Não é orgulho em ser-se gay, é orgulho em ser-se quem se é, mesmo quando se é gay. Noutras palavras, é ter-se auto-estima, mesmo que outros tentem negar que se tenha essa auto-estima.
Quando se fala de orgulho hetero, é diferente. É orgulho na orientação sexual. E isso é estúpido. Ou pelo menos irrelevante. Mais, porque se fala de orgulho hetero apenas porque também se fala de orgulho gay, é um não entender do que é o orgulho gay. Mais ainda, quando se fala em assumir uma "causa" ou em não ter vergonha de se assumir hetero, então é chacota. Imagine um grupo de pessoas brancas nos EUA dos anos 30 que proclamasse não ter vergonha em afirmarem serem brancos. Que defendiam a causa branca, que tinham orgulho na sua côr (estou a evitar propositadamente a expressão "orgulho branco", apesar da expressão "orgulho hetero" também ser usada por grupos extremistas homofóbicos). Seria ridículo e insultuoso para as pessoas de cor que tinham menos direitos e eram maltratadas ouvir esse tipo de coisas por parte de pessoas "well off". Seria uma chacota. Mas possivelmente haveria muitas pessoas que reagiriam como o senhor reagiu desta vez se as pessoas de cor se queixassem. Que eram umas histéricas, que se vitimizavam.
Possivelmente essa reacção nem seria de má fé. Simplesmente, não havia um reconhecimento pleno de que os direitos das pessoas de cor estivessem a ser infringidos. E agora, há reconhecimento que as pessoas homossexuais são maltratadas, não são cidadãos de pleno direito? Que se fecha os olhos à discriminação, que alguma polícia assobia para o lado quando pessoas homossexuais são agredidas, que por alguma razão os adolescentes não heterossexuais têm enorme probabilidade de ficarem deprimidos e até de se suicidarem. Pode afirmar que a discriminação é mínima, mas quando se tem de viver toda a vida escondendo afectos para não ser discriminado, é violento. Quando a sociedade não reconhece - antes reprova! - o relacionamento que se tem com quem se ama é brutal. Não pode haver violência muito maior do que a colocação de obstáculos à realização de uma vida afectiva plena. Que para ser plena terá de ser socialmente reconhecida, e não apenas vivida entre quatro paredes.
O que é diferente neste caso, caro Francisco José Viegas? A discriminação existe. Quando uma campanha publicitária age como se ela não existisse, está a dizer que está tudo bem assim. Que a discriminação não existe. Ridiculariza aqueles que lutam contra essa discriminação.
A resposta de alguns blogs foi exagerada? Talvez, mas estão em causa direitos fundamentais. Está em causa uma minoria maltratada, que a maioria tende a ignorar. E está em causa o negar da discriminação. É normal que quem se sentiu ofendido queira mostrar que essa discriminação existe. É normal que lembrem o de mais violento e mais brutal existe contra as pessoas homossexuais.
Quanto ao politicamente correcto, às vezes traduz o socialmente aceitável. Seria bom que não fosse socialmente aceitável fazer campanhas que pressupõem que as discriminações não existem. Porque não vivemos num mundo de sonhos, mas num mundo real, onde elas realmente existem.
"O mais importante, no entanto, não foi a campanha propriamente dita, mas a reacção que motivou, chegando ao cúmulo de ver o meu amigo João Teixeira Lopes escrever que a cerveja Tagus se tornou "um signo do poder homofóbico". "Quem a beber é cúmplice." Os sites LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) trabalharam bastante, assinalando a concordância de género e número entre a expressão "orgulho hetero" (que foi associada a "opressão e discriminação") e ódio não sei a quê, mas sobretudo a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Não me parece. Parece-me, antes, que a campanha publicitária não é escandalosa, nem ofensiva, nem homofóbica. Fica na memória pelas más razões, mas eu não a subscreveria nem imaginaria. Simplesmente, a reacção indignada, quase histérica e cheia de exageros, acusando-a de homofóbica, é mais ridícula do que a campanha propriamente dita e configura uma patrulha sobre toda e qualquer linguagem, engrossando a classe dos coitadinhos e das vítimas de tudo e de nada.
Essa patrulha ideológica, vigiando cada distracção, cada frase mal pronunciada, cada piada ou anedota, cada opinião, cada divergência, cada afrontamento, cada violação das regras linguísticas do "politicamente correcto", é que me parece contraproducente. O ar escandalizado e beatífico com que se condena o humor ou as falhas de humor e se politiza coisas tão banais como uma cerveja razoável são um sinal dos tempos. Afinal, que mal há na declaração ou na reivindicação de "orgulho hetero", à parte a irrelevância do próprio conceito?"
A minha resposta, enviada por mail:
Caro Francisco José Viegas,
permita-me discordar da sua crónica no JN sobre a campanha da cerveja Tagus. Há pontos em que concordo consigo. A campanha era estúpida e não tinha intenção de ser homofóbica. Hetero que é hetero não precisa de o afirmar.
No que discordo é quando se apresenta como vítima do discurso do politicamente correcto. Porque não é politicamente correcto deixar de fazer piadas sobre gays, ou até sobre pretos. Elas ouvem-se por aí. Quantas vezes não se ouve "esses paneleiros deviam era ser assassinados/postos fora do país/qualquer coisa má"? E quantas vezes não há a imputação às pessoas homossexuais dos males do mundo? É politicamente correcto fazer piadas, mandar bocas, até fomentar o ódio contra os LGBTs.
Também discordo quando diz que a melhor oposição ao orgulho gay é o orgulho hetero. Revela que não percebeu o que se quer dizer com orgulho gay. Tem de ir para além da aparência imediata da expressão. Orgulho gay não é orgulho na orientação sexual. Ter orgulho em ser-se gay é uma estupidez. O orgulho gay é entendido pelos próprios LGBTs como uma recusa da vergonha que outros lhes tentam impôr. É uma resposta: "não, não vou ter vergonha em ser gay, eu tenho orgulho na minha pessoa". Não é orgulho em ser-se gay, é orgulho em ser-se quem se é, mesmo quando se é gay. Noutras palavras, é ter-se auto-estima, mesmo que outros tentem negar que se tenha essa auto-estima.
Quando se fala de orgulho hetero, é diferente. É orgulho na orientação sexual. E isso é estúpido. Ou pelo menos irrelevante. Mais, porque se fala de orgulho hetero apenas porque também se fala de orgulho gay, é um não entender do que é o orgulho gay. Mais ainda, quando se fala em assumir uma "causa" ou em não ter vergonha de se assumir hetero, então é chacota. Imagine um grupo de pessoas brancas nos EUA dos anos 30 que proclamasse não ter vergonha em afirmarem serem brancos. Que defendiam a causa branca, que tinham orgulho na sua côr (estou a evitar propositadamente a expressão "orgulho branco", apesar da expressão "orgulho hetero" também ser usada por grupos extremistas homofóbicos). Seria ridículo e insultuoso para as pessoas de cor que tinham menos direitos e eram maltratadas ouvir esse tipo de coisas por parte de pessoas "well off". Seria uma chacota. Mas possivelmente haveria muitas pessoas que reagiriam como o senhor reagiu desta vez se as pessoas de cor se queixassem. Que eram umas histéricas, que se vitimizavam.
Possivelmente essa reacção nem seria de má fé. Simplesmente, não havia um reconhecimento pleno de que os direitos das pessoas de cor estivessem a ser infringidos. E agora, há reconhecimento que as pessoas homossexuais são maltratadas, não são cidadãos de pleno direito? Que se fecha os olhos à discriminação, que alguma polícia assobia para o lado quando pessoas homossexuais são agredidas, que por alguma razão os adolescentes não heterossexuais têm enorme probabilidade de ficarem deprimidos e até de se suicidarem. Pode afirmar que a discriminação é mínima, mas quando se tem de viver toda a vida escondendo afectos para não ser discriminado, é violento. Quando a sociedade não reconhece - antes reprova! - o relacionamento que se tem com quem se ama é brutal. Não pode haver violência muito maior do que a colocação de obstáculos à realização de uma vida afectiva plena. Que para ser plena terá de ser socialmente reconhecida, e não apenas vivida entre quatro paredes.
O que é diferente neste caso, caro Francisco José Viegas? A discriminação existe. Quando uma campanha publicitária age como se ela não existisse, está a dizer que está tudo bem assim. Que a discriminação não existe. Ridiculariza aqueles que lutam contra essa discriminação.
A resposta de alguns blogs foi exagerada? Talvez, mas estão em causa direitos fundamentais. Está em causa uma minoria maltratada, que a maioria tende a ignorar. E está em causa o negar da discriminação. É normal que quem se sentiu ofendido queira mostrar que essa discriminação existe. É normal que lembrem o de mais violento e mais brutal existe contra as pessoas homossexuais.
Quanto ao politicamente correcto, às vezes traduz o socialmente aceitável. Seria bom que não fosse socialmente aceitável fazer campanhas que pressupõem que as discriminações não existem. Porque não vivemos num mundo de sonhos, mas num mundo real, onde elas realmente existem.
23.11.07
Geert Hofstede
Diz Geert Hofstede que Portugal é um país em que os níveis de autoridade estão bem marcados, em que a sociedade é pouco individualista, os valores ditos femininos são mais valorizados que os masculinos, e há uma grande - enorme - aversão ao risco. Ler mais aqui. Ver mapas do mundo com as dimensões culturais de Hofstede aqui.
Para contrariar algumas percepções
Uma notícia do Diário de Coimbra:
Universidade de Coimbra repete liderança de 2006 A Universidade de Coimbra é a melhor de Portugal. Segundo um dos mais prestigiados “rankings” mundiais, elaborado pelo “The Times Higher Education Supplement” e pela “Quacquarelli Symonds”, a instituição com mais de 700 anos de existência repete a liderança portuguesa.Anunciados na semana passada, depois de já serem conhecidas as melhores 200 instituições a nível mundial, o “ranking” mostra que as universidades lusas ficaram fora deste lote, revelando, também, uma queda portuguesa no cenário europeu. Depois da 120.ª posição obtida em 2006, a Universidade de Coimbra desceu, este ano, para o lugar 145 a nível da Europa. Em termos mundiais, é a 319.ª melhor, após ter sido 266.ª classificada (em 2006) e 452.ª (em 2005).A Universidade Nova de Lisboa é a segunda do “ranking”, no que diz respeito aos estabelecimentos portugueses, ocupando o 341.º lugar mundial e o 158.º europeu. A Universidade Católica, em Lisboa, foi a terceira portuguesa, surgindo no lote das instituições situadas entre o 401.º e 500.º posto, que não estão ordenadas por lugar, mas apenas por ordem alfabética.Em termos globais, a primeira posição do “ranking” volta a colocar a norte-americana Universidade de Harvard no 1.º lugar. Na Europa, o ouro é repartido pelas universidades britânicas de Oxford e Cambridge. A nível mundial, as duas instituições surgem logo após Harvard.
21.11.07
Orgulho hetero
E eis senão quando o orgulho hetero é celebrado pela Tagus, a "cerveja de verdade". Seguir-se-à o orgulho branco? Já que podemos brincar com tudo. :)
19.11.07
17.11.07
Uma certa democracia
Para Vital Moreira, há compromissos políticos assumidos nas campanhas eleitorais que "o pior que lhes pode acontecer é serem cumpridos". Aliás, "elegemos deputados para que eles decidam", mesmo que seja ao arrepio destas promessas. Sem pedidos de desculpas, sem mea culpas, sem justificações...
Noutras palavras, vale tudo para conquistar o poder, vale tudo quando já se tem o poder. A levar a sério as palavras deste senhor, Portugal não é uma democracia, é uma uma sequência de ditaduras, sendo os ditadores eleitos em concursos de popularidade. Não que isso seja novidade. Curioso é que seja tão abertamente assumido.
Noutras palavras, vale tudo para conquistar o poder, vale tudo quando já se tem o poder. A levar a sério as palavras deste senhor, Portugal não é uma democracia, é uma uma sequência de ditaduras, sendo os ditadores eleitos em concursos de popularidade. Não que isso seja novidade. Curioso é que seja tão abertamente assumido.
15.11.07
12.11.07
11.11.07
Rufia
Quando alguém escreve num jornal "Definição de gente: pegue-se em José Castelo Branco, é o contrário", estão a excluir uma pessoa da condição humana por não gostarem dela? Lembra-me os putos rufias na escola que batem nos mais enfezados para parecerem machos.
Nota posterior: Escrevi um mail de protesto para o colunista. Este disse-me que o José Castelo Branco não é uma pessoa, é uma personagem criada por uma pessoa. Estava portanto a criticar as pessoas que se falsificam, suponho que enaltecendo a autenticidade. Assim sendo, a minha crítica deixa de fazer sentido.
Nota posterior: Escrevi um mail de protesto para o colunista. Este disse-me que o José Castelo Branco não é uma pessoa, é uma personagem criada por uma pessoa. Estava portanto a criticar as pessoas que se falsificam, suponho que enaltecendo a autenticidade. Assim sendo, a minha crítica deixa de fazer sentido.
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